sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Porque todo fim é um começo...

Todo fim de ciclo é o marco de um novo reinício. Uma nova possibilidade e cada um faz dessa o que melhor entender. Um ano se vai e outro se inicia, novas chances. E você vai ficar aí de braços cruzados esperando que alguém faça algo por você? Somos todos protagonistas de nossa histórias e não vítimas dela.

Do ano que entra só peço tolerância e paciência, para com os outros, mas principalmente, para comigo mesma.

Do ano que se vai só tenho a agradecer. Agradecer pelas grandes conquistas que, felizmente, não foram poucas. Pela garra que tive para alcançá-las porque nada na vida cai do céu. Pelas grandes responsabilidades que ganhei, e se as ganhei foi porque assim eu mesma quis. Crescer em qualquer sentido, seja profissionalmente ou emocionalmente exige uma dose extra de responsabilidade e comprometimento. Engajamento em suas próprias causas.

 Agradecer por ter sido capaz, durante a minha caminhada até agora, construir pilares sólido: minha família, meu amigos, sejam eles de longa data ou recém chegados. Agradecer e muito por ter pessoas iluminadas na minha trajetória.

 Agradecer por ter aprendido que ser forte não é julgar-se onipotente e sim ter a coragem de assumir todas as minhas fraquezas, meus medos e por ter me proposto a ultrapassá-los, ainda que muitas vezes não tenha sido da maneira mais perfeita, foi como deu pra ser, com todas as imperfeições, mas de um jeito meu, do jeito que só eu sei fazer.

 Agradecer por ter tido serenidade para passar por momentos muito difíceis e agradecer mais ainda por nesses momentos ter tido sempre alguém que me desse a mão, sempre alguém que me dissesse: chora, coloca essa dor pra fora, porque dói mesmo.

 Agradecer por ter tido a oportunidade de viver durante 28 anos ao lado do meu melhor e maior amigo, do meu primeiro e maior amor, meu pai. Agradecer porque na hora da sua passagem eu pude segurar sua mão e dizer eu te amo, como sempre fizemos.

 Agradecer por ter conhecido uma relação que está muito além das coisas desse mundo, e é engraçado que ainda na sua ausência física eu te sinto tão presente. Tão presente na minha forma de ver o mundo, de encarar as coisas, nos valores transmitidos. A sua passagem me fez querer ser uma pessoa melhor, por você, pra você e graças a você que sempre teve o dom de extrair o que há de melhor em mim.

 Agradecer por ter uma mãe guerreira, amiga que foi uma verdadeira heroína nos últimos tempos. Porque essa mulher nunca deixou de acreditar que tudo podia dar certo, mesmo quando ninguém mais acreditava. Por sua bravura, por sua transformação.

 Agradecer por ter me permitido a viver outras experiências, rever valores, mudar de idéia, ser meio adulta, meio menina. Por mesmo quando tudo estar difícil não ter perdido o foco. Por ter pessoas no meu caminho que me alavancam e que fazem ser mais e melhor.

 Agradecer por não ter tido medo de me arriscar nessa aventura diária que se chama vida!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Da união...

Antes mesmo de começar a escrever esse texto pensei em algumas palavras. Escrevi umas, apaguei outras.

Carinho, companheirismo, amizade, tolerância.Mas nenhuma delas foi suficiente para definir o que é o amor.

Talvez porque o amor seja amor e ponto. Não se descreve, não se delimita, não cabe. Não cabe em palavras, não cabe em nós mesmos. E, talvez, seja justamente por isso que o expulsemos de nós para que ele transborde para o outro.

E quando o outro é terra fértil para essa semente acontece o inesperado: o encontro de almas. Almas estas que mesmo antes de se encontrarem, de alguma forma, já estavam ligadas. Unidas pela sutileza desse estranho que nos invade sem pedir permissão.
O que poucos sabem é que esse presente precisa ser cuidado, regado a cada dia. Nem água demais, nem de menos. E quando se encontra a medida exata é porque o amor já não caminha sozinho.

Com ele agora caminham a admiração, o respeito, a amizade, a fé, a perseverança. Duas pessoas que não se completam porque já são inteiras. Duas pessoas que por serem plenas e não metade sabem a exata hora de expulsar o amor para que ele vá ao encontro do outro.

Assim ele acontece, não por obrigação, não por coincidência. E sim por comprometimento. Comprometimento com o outro, consigo mesmo. Comprometimento em querer ver sempre o sorriso estampado. E quando assim não for possível, um abrigo.
Amar é doação, é saber que às vezes também se ama apesar de. É ter lucidez para reconhecer essa dádiva quando ela bate a nossa porta.

Amor não é cotidiano, não é corriqueiro. É um advento, um evento.
Quando duas almas se encontram é tempo de celebração.

Aos meus queridos afilhados, Mariana e Guilherme,que a vida de vocês seja um eterno evento. É uma imensa honra e uma enorme alegria participar desse momento de tão pertinho.

Para quem sempre foi e sempre será meu eterno porto seguro meus votos de uma linda e longa caminhada a dois.

Da dinda que muito torce por vocês.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Das viagens...

A ausência tão temida pela grande maioria das pessoas muitas vezes pode ser esclarecedora. Quando se afasta das dúvidas, das rotinas e se permite que a vida tome seu curso natural, sem intervenções, as respostas naturalmente aparecem.

Mesmo quando são opostas ao que se esperava, respostas são sempre bem vindas. Acalmam o mar de interrogações que cismam em caminhar ao nosso lado. É na ausência de si e da rotina que as sementes encontram terra fértil para brotarem.

Alguns lugares são capazes de muito mais do que nos divertir, proporcionam um encontro com nós mesmos. Um encontro com facetas antes desconhecidas. E o que antes tinha urgência, agora entende que tudo tem um momento exato de ser.

Mas há, também, o tempo exato de deixar de ser. De desconstruir, e muitas vezes a desconstrução é o curso mais correto. O caminho mais pleno de si. É quando nos afastamos que adquirimos clareza. É justamente na ausência que muitas vezes se estabelece a completude.

Sair do seu lugar, da zona de conforto pode ser enriquecedor. Novos horizontes se escancaram, novas possibilidades jamais pensadas antes se mostram.
Pessoas. Pessoas são a maior riqueza, ou talvez a única riqueza que levamos conosco. Lembranças de uma época feliz, de momentos inesquecíveis. Troca, movimento, enriquecimento.

Estar em contato com outra cultura, com pessoas diferentes pode ser uma experiência ímpar.

Viagem. Viajar é sempre uma grande dádiva. Quase sempre a mala volta mais cheia. Cheia de histórias para contar, cheia de memórias, cheia de novas amizades, cheia de sorrisos.

A mala mais cheia e alma mais leve, com a certeza de que como já dizia o poeta: tudo vale a pena quando a alma não é pequena.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Afinal, o que as mulheres realmente querem?

Nunca acreditei em padronização, em generalização. Daí o meu questionamento: o que as mulheres realmente querem.

Creio eu que aqui devam ser levadas em consideração as diferenças, as peculiaridades, as singularidades e as vivências de cada uma. Histórias são como cicatrizes por mais que deixem de doer sempre estarão ali para mostrar que de alguma forma, em algum momento aquilo fez parte de nossas vidas.

Algumas mulheres sonham com o príncipe encantado. Aquele que irá salvá-las de algo que, na maioria das vezes, elas mesmas desconhecem. Outras pelo contrário, pelas inúmeras marcas preferem levantar a bandeira de que o príncipe encantado ficou anacrônico, fora de contexto.

Algumas mulheres confundem sexo com amor. Outras não conseguem enxergar quando deixou de ser só pele e passou a pulsar mais forte.

Algumas estão tão distraídas com suas vidas pós modernas que passam a ver o que antes era considerado inerente à condição feminina como perda de tempo.
Umas se anulam, outras se sobrepõem. Umas fingem, outras sentem e ainda há terceiras que fingem que não sentem.

Uma parte delas vive buscando a resposta nos outros, outras preferem olhar pra dentro. Algumas precisam de títulos, outras precisam de status.
Acredito que cada mulher tenha o poder de escrever sua própria história com todos os seus ônus e bônus. Cada uma dá a cor que acha que merece aos mais diversos capítulos dessa longa jornada.

Algumas sentem-se atraídas por homens mais velhos, outras por homens ricos. O que acredito ser fora do contexto nos dias de hoje. Umas querem um amor pra vida toda, outras querem uma noite e nada mais.

Para umas a conta bancária é o que importa, para outras tamanho é documento. O que adianta ter uma Ferrari e não saber dirigir?

Acredito que a pergunta certa não seja o que as mulheres realmente querem e sim o que nós enquanto seres humanos estamos dispostos.Qual o impacto disso na vida de quem nos cerca?

Mulheres ou homens, por que rotular o que pode ser simples?

domingo, 15 de janeiro de 2012

Agora era fatal que o faz de contas terminasse assim..

Triste é quem não se deixa viver com medo de quebrar. Triste é quem para se proteger, adota e se amarra à sua própria fraude. Quem por medo se poda de viver aquilo que realmente interessa. Quem não mergulha em águas profundas, quem não se atreve às marés.

Pior é quem acaba acreditando no personagem que criou e quer que o outro acredite na sua própria farsa, quando está estampado justamente aquilo que se faz questão de camuflar. Quem não se entrega a mares revoltos provavelmente não terá cicatrizes profundas, mas também jamais terá o gozo dos amantes que se entregam a uma noite apenas e nada mais.

O perigo de não se permitir é a possibilidade negada de se conhecer por inteiro, com todos os sabores, ora doce, ora amargo. Ser negligente consigo mesmo talvez seja o oitavo pecado capital, ou o primeiro. O mundo das superficialidades é colorido, mas desmancha no ar com tamanha facilidade como guache na água.

Para ser feliz é preciso que se viva com prudência, mas com audácia. Com olhar de criança curiosa, com amor pela vida, pelas dores, pelos amores, pelos amigos, pela família. Não ser negligente com aquilo que se sente. Saber lidar com o que sobra e o que falta. Com suas próprias mazelas.

Ter responsabilidade para escolher o que se almeja e o que se repulsa. O que se quer e não se quer, ainda que o não querer caminhe na contra mão do senso comum.
Engana-se quem pensa que pode viver ilhado, sem contato. Sartre já dizia que para entender a si mesmo, necessariamente se deve passar pelo outro.

Muitas vezes o outro é espelho do que repelimos em nós mesmos. É uma certa forma de empatia traduzida em repulsa daquilo que se é e não quer ser.

A matemática é bem simples: ou toca, ou não toca.