quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Das urgências...

Sinto como se a vida cismasse em dançar um ritmo muito mais lento que o meu. É como se no vai da valsa o que eu quisesse mesmo era dançar um rock and roll. De certa forma, é como se eu corresse para algum lugar que ainda não sei onde.

Como se lá fora nevasse e aqui dentro queimasse. Anacronismo. Corte, construção. Força saída justamente da ou das fraquezas. Referências na ausência das mesmas. Um passo de cada vez e todos eles ao mesmo tempo. Um eterno paradoxo, como se assim tivesse que ser. Acho mesmo que é desse vendaval que vive e sobrevive minha vaidade.

De me encontrar onde me perco e de me perder onde jurava que já me conhecia. De onde nenhuma surpresa se fazia possível, do sorriso mando, do hálito das noites que terminam quando já é dia. Dos sorrisos sinceros que cruzam meu caminho. Da felicidade de ter e não ter alguém(s).

No fundo, creio que o que sempre buscara fosse me reconhecer na queda. Fosse ser mais maleável como borracha e menos dura. Mais água que escapa brilhantemente de seus obstáculos.

Um meio termo entre Polyana e Samanta. Um meio termo do que eu fui e do que imagino serei. Palpável. Vivo. Porque é de batalhas que se vive a vida. Algumas vencidas outras aprendidas. Às vezes me lembro de esquecer a tempo o que um dia fiz questão de lembrar. Outras horas me esqueço de tudo que aprendi só para ter que aprender de novo.

Feliz, urgente.

Um comentário:

Ela disse...

sim, "Porque é de batalhas que se vive a vida"

E eu, me identifico a cada dia mais com teus escritos.


beijo grande!