quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Quase sem querer..

É como se finalmente eu tivesse achado o que não estava procurando e estivesse procurando o que jamais acharia. Como se estivesse num estado imutável e intransponível de espera. Mas espera de que? Das mil promessas que me fiz? Das mil promessas que desfiz? É como se tudo sufocasse a idéia de ser, de estar.

Porque tudo que habita em mim não é, apenas está. E amanhã pode ser que algo novo já esteja por aqui. Onde as emoções ganham asas e de asas querem voar, mas podadas nas mil possibilidades se esvaziam de liberdade.

Da sobra do tempo, que antes me fora escasso e que teima em não correr. Em uma sonolência profunda, daquilo que ainda não se vê. Mas se quer descobrir. Das palavras que não saem, pois não encontram seu lugar no mar de interrogações.

Das palavras que saem, não por inspiração, mas pela breve necessidade de se fazerem vivas. E de cores, de uma imensa vontade de existir e correr. Como se houvesse mil adjetivos, todos eles embaralhados e desconexos.

A vontade de ter tudo e a falta de fôlego que insistem em caminharem lado a lado. Como se houvesse uma capsula que uma vez ingerida daria conta de todo esse grande mistério.

Mistério das palavras que se encontram perdidas, no fundo daquela caixinha que guardo só minha. Chamada ilusão.


2 comentários:

Ela disse...

adoro legião!
2011 demonstra lhe trazer também inspiração.
Gostei muito!

Mônica Montone disse...

ai, fulô, será que nossa amada Fernanda nos salvará de querer tudo? rsrsrsr*

obrigada pela visitinha! bonito texto!

beijoca

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