Sinto como se a vida cismasse em dançar um ritmo muito mais lento que o meu. É como se no vai da valsa o que eu quisesse mesmo era dançar um rock and roll. De certa forma, é como se eu corresse para algum lugar que ainda não sei onde.
Como se lá fora nevasse e aqui dentro queimasse. Anacronismo. Corte, construção. Força saída justamente da ou das fraquezas. Referências na ausência das mesmas. Um passo de cada vez e todos eles ao mesmo tempo. Um eterno paradoxo, como se assim tivesse que ser. Acho mesmo que é desse vendaval que vive e sobrevive minha vaidade.
De me encontrar onde me perco e de me perder onde jurava que já me conhecia. De onde nenhuma surpresa se fazia possível, do sorriso mando, do hálito das noites que terminam quando já é dia. Dos sorrisos sinceros que cruzam meu caminho. Da felicidade de ter e não ter alguém(s).
No fundo, creio que o que sempre buscara fosse me reconhecer na queda. Fosse ser mais maleável como borracha e menos dura. Mais água que escapa brilhantemente de seus obstáculos.
Um meio termo entre Polyana e Samanta. Um meio termo do que eu fui e do que imagino serei. Palpável. Vivo. Porque é de batalhas que se vive a vida. Algumas vencidas outras aprendidas. Às vezes me lembro de esquecer a tempo o que um dia fiz questão de lembrar. Outras horas me esqueço de tudo que aprendi só para ter que aprender de novo.
Feliz, urgente.
Um comentário:
sim, "Porque é de batalhas que se vive a vida"
E eu, me identifico a cada dia mais com teus escritos.
beijo grande!
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