domingo, 7 de setembro de 2008

Da New York brasileira...


Trânsito, correria, a cidade não para. Essa é a grande São Paulo. Cidade de pessoas diversas onde sinal é farol e biscoito é bolacha.

Confesso que na posição de carioca inveterada esse grande tumulto nunca me foi acolhedor. O tom cinzento da cidade me causa algo bem parecido com uma claustrofobia. O esteriótipo da cidade que não para se encaixa muito bem.
E logo eu formando pré- conceitos.

Mas em uma tarde de sábado enquanto andava pela Paulista com duas almas queridas me dei conta de que pela primeira vez me senti um pouco parte disso tudo. São Paulo deixou de ser assustadora e passou a brincar em meio aqueles sorrisos e conversas infindas.
Percebi o que de fato sempre acreditei. Quem faz o lugar são as pessoas.

Então fica definido assim: o lugar onde eu estiver será sempre o melhor lugar porque assim o farei.

Então a partir de hoje a New York brasileira vai ter essa imagem de fim de tarde na Paulista. De risadas quentes e de mulheres fortes e de pisadas firmes.

E essas duas mulheres são daquele tipo que fazem qualquer lugar ser o lugar porque nada me encanta mais do que sentir a profunda amizade que essas belas criaturas têm por mim.
Então girls, fica combinado assim. Não importa quantos corações partidos, quantas experiências amargas, vamos sempre caminhar como nesse fim de tarde e tudo sempre estará resolvido.

Tudo se transforma sempre com uma tarde perfeita. De almoços, cafés e alfajores do Havana. Aliás estar ao lado de pessoas especiais sempre tem esse gosto doce de alfajor. Gosto de quem sabe vivenciar e entende a plenitude de um momento.

E no fim disso tudo o Cristo estará de braços abertos para receber essa carioca que agora se entrega aos outros encantos de São Paulo mas que nunca vai deixar de ser apaixonada pela terra do mar e da bossa nova.

E é tão encantadora essa possibilidade. Ir e vir. Ter passe livre e sempre reencontrar vocês que fazem qualquer lugar ser o meu lugar.

9 comentários:

Renegade disse...

Os locais são sempre bonitos se tivermos uma recordação desse local. Or vezes, as cidades parecem assustadoras ( mesmo Braga, uma cidade mais calma que eu sei lá quê) mas , no entanto, as fazes parecem muito mais acolhedoras.

uma carioca disse...

Adorei!
Tudo é bom quando estamos juntas!
Te amo amiga, e espero que vc venha me visitar mais vezes!
Beijo grande

Ela disse...

Aqui se caminha com amigas, sob um céu azul de cartão postal e os ipês estão todos florindo.
De forma que avida passeia entre o azul e o marelo.

Não conheço São Paulo ... mas... acredito fielmente que os lugares sõa parte de nós e como nos sentimos neles, depende totalmente de nós.

Abraço

Anônimo disse...

Eu, apesar de ser paulistano, por diversas vezes também acho essa cidade cinza demais, muito opressora, de uma múltidão solitária. Mas, também, não sei se conseguiria morar em outro lugar. De fato, quem faz o lugar são as pessoas. E pode-se viajar muito e conhecer muitos lugares, mas o melhor, para se estar, vai ser sempre perto das pessoas queridas...

A Autora disse...

Digamos que estivemos num não-lugar-encatado aquele cujas paisagens são visíveis mais ao coração do que aos olhoss...
eu amei Lu. Foram momentos especiais como a brisa e a vista de uma avenida Paulista perfumada de amizade, sonhos, dores e delícias..
meus beijos amore e até a próxima, quando eu irei em direção ao teu mar..hahahah
Carol Montone
uma paulistana cariocada, cuja casa fica no mato das campinas..hahaha

Anônimo disse...

Como paulistana, gostei muito do texto. Muito bom andar pela Paulista numa tarde quente de sábado. Amigas, conversar, farol, guarda-chuva e risadas. Que bom que teve um momento assim. Espero que tenha muitos e muitos, aqui, no Rio ou em qualquer lugar!

Beijos!

Lorelai disse...

foi numa caminhada pela Paulista, que também me senti parte daquilo... da correria de cada um, de cada buzina, da poluição...
é uma cidade fantástica.

. fina flor . disse...

eu aaaaaaaaaamo SP e andar na paulista é um dos meus programas favoritos :o)

beijos, amiga

MM.

m. disse...

a caminhada na paulista mexe com qualquer um, eu acho. pelo menos comigo foi assim. e me senti feliz enquanto os passos me levavam a qualquer lugar,