sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Dos dias...


Um dia você acorda e descobre que o sol resolveu brilhar mais forte e que, as cores antes tão cinzas, voltam a ganhar tom arco-íris. Um dia você acorda e se descobre brilhante no mar de possibilidades e na ternura das improváveis impossibilidades.

Um dia você acorda e descobre que tem tudo novo. Ou melhor, um jeito novo de fazer algo de novo de uma forma ainda mais especial. Um dia o sol invade sua janela, numa dessas manhãs de verão carioca, e com ele, o calor de um amor.

Um dia você vislumbra a possibilidade de re-construir-se na re-construção do outro. Do ato de re-construir o que de fato é importante. Um dia você acorda e percebe que seus olhos brilham mais, que sua pele anda o mais puro pêssego. Que sua diva interior acordou para saudar o dia que se inicia.

Um dia você descobre que para amar o outro é questão sine quoi non amar-se com todas as virtudes e buracos que lhe cabem na alma. Um dia o dia amanhece com gosto de sorvete e brinde de champagne.

Um dia você descobre que tudo está no exato lugar em que deveria estar. Um dia você descobre que é mais você porque permitiu que o outro te enxergasse a alma. Um dia você descobre que como já dizia o poeta para ser grande sê inteiro.

Nesse mesmo dia as palavras que faltavam ou andavam embaralhadas por aí em uma confusão qualquer voltam a habitar o ventre. E que tudo, nada mais era que uma questão de trocar algumas vírgulas de lugar.

Um dia você acorda e descobre que a vida te presenteou com o dom de amar. A si, ao próximo, ao seu amor maior.


Para minha mudança mais tenra, para o amor mais pleno de si mesmo.